Nada ao Acaso

2005-02-23

Penumbra ...

As gaiteiras lá vão de escuro na penumbra ...
Não deixam respirar as almas soltas ...
Não deixam que se viva calmamente as histórias bonitas ...
No centro da confusão mental ... a única luz é o chegar a casa ... para se colocar à janela ... vislumbrando as vidas que nunca tiveram ...
Vivem os ansiares de outras gentes ...
Respiram pelos pulmões de todos poupando-se os delas ...
E encolhidas debaixo das vestes negras ... murmuram os cantares dos outros ...
Não sabendo nunca que mortas estão ... por viver as vidas que não lhes pertencem ...

2005-02-11

Alma ...

Os dias passam … e aquele … o mais esperado dia … aproxima-se …
Poderia estar nervosa … ansiosa … sei lá … até mesmo nostálgica … sempre já passaram 17 meses … desde que tive que recomeçar a minha vida do zero …
Faço contas de cabeça … olho para trás … e não consigo ver nada que se identifique com o ser que sou hoje … será mau ? … penso que não … a alma camuflada dentro do meu peito … floriu … desabrochou … cresceu … ganhou vida própria … fundiu-se em mim … grudou de tal forma … que não volta a esconder-se … não volta a envergonhar-se … não volta a fechar-se dentro da caixinha …
E o dia … já está quase à porta … mas estou tranquila … sei que só poderá correr bem …
Sinto a força que há um ano não sentia … para enfrentar … para poder olhar nos olhos … para finalmente encerrar este assunto de uma vez por todas …
Sei que vai correr bem … mal só poderia … se tivesse ficado … se mantivesse a alma fechada dentro da caixinha … provavelmente … já sem vida …

2005-02-09

No centro de Lisboa ....

simplesmente magnífica ...


:)


patinhoooooo ......


...


O Lusco Fusco ....

:) ou seja aqueles 5 ... 7 min ...


2005-02-06

Estuário do meu rio ...

Podia ter passado pelo veio do rio sem paragem ...
Vivestes ancorado no meu porto alguns meses da tua triste vida ... ganhastes fôlego ... desperdiçaste paciência por todo o caminho ... julgaste sentir-me ... pensaste conhecer-me ... mas sem saber ... sem prever ... ruiu por terra todo o teu egoísmo ...
A âncora rompeu a terra molhada pelas lágrimas vertidas dos meus olhos ... e sem deixar rasto ... lá navegastes até ao estuário do meu rio ... zarpastes a toda a velocidade para alto mar ...
Digo adeus ... agradeço a paragem ... afinal sempre aprendi alguma coisa ...
Agora a terra está seca ... não há mais lágrimas vertidas ... apenas um alívio por teres partido ... sem ressentimentos ... sem feridas ... sem marcas ...

2005-02-02

The Chemical Brothers ...




Ainda não saiu do carro .... para variar ouço até enjoar ehehehehe .... uma sugestãozita ...


 
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